Quando nasceu, ela teve de empurar o mundo com a cabeca, combater todas as possibilidades que a negavam a existencia. Joao, sentado a sombra de sua arvore, um dia reparou aquele pequeno brotinho que lutava pela vida, e resolveu batiza-la de Tatiana.
Por muito tempo Joao teve Tatiana por compania. Eles conversavam sobre a vida, riam sobre a verdade universal, sentiam frio e calor juntos. Joao acompanhou todas as fases de crescimento de Tatiana: o dia em que nasceu sua primeira folha, a consolou quando teve espinhos durante a adolescencia, aguentou sua ansiedade quando estava para brotar.
Um dos momentos mais felizes da vida coletiva de joao e a flor foi quando Tatiana se abriu. O dia era lindo: estranhamente fazia um lindo sol com um chuva fina e constante. As petalas de Tatiana brilhavam com o orvalho da manha, seu perfume acalmava Joao e o mundo era lindo e perfeito. Joao cantou, como nao fazia desde que tinha morrido, e fechou os olhos e sonhou que voava entre as estrelas.
Ao acordar, Tatiana estava morta. Suas folhas muchas, o caule inclinado. Joao gritava por ela, mas jah nao podia responder mais. Joao, de joelhos com o rosto inclinado postado ao lugar que Tatiana sempre ficara, pos-se, lentamente, depois de uma longa pausa, a chorar. Suas lagrimas iam escorremdo o rosto e molhavam Tatiana e a terra em volta de Tatiana. Nao sei por quanto tempo Joao chorou, mas foi o bastante para que com o sal de suas lagrimas nada mais pudesse nascer, crescer e morrer naquele lugar.
Wednesday, February 27, 2008
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment