Comprei um computador. Isso deveria me deixar mais prolixo, eu deveria escrever mais. E se deixou foi para mim soh, e nao houve espaco para internet, mais ainda para um diario virtual. Escrevo sim, confesso, mas nao publico. Nao que tenho algum misterio, faco grandes coisas, penso alto: um romance ou o inferno que seja. Nao publico pq nao acho que valha a pena publicar. Mas escrevo pq me viciei na coisa, eh uma terapia, me relaxa. Saio do mundo e deixo fluir as horas.
O mundo estah cheio de merda. Coisas estranhas. As ruas de Sao Paulo, um exemplo, eh um campo minado. Se tem de olhar pra baixo o tempo todo naquela cidade. Se pensa que no velho continente eh mais civilizado, que as pessoas limpam a merda feita pelos devidos animais, mas nao. A diferenca eh que aqui se tem mais dinheiro, entao se manda limpar. Se tem um carrinho que anda todo o dia aqui em Londres, e que aspira essas coisas. O dia inteiro um carinha dirige esse carro. Eu nao me importaria de fazer isso da vida. Vc poem uns oculos escuros e um fone de ouvido e manda o mundo pro inferno. Vc pode pensar que nao eh dignificante, ser motorista de carros anti-merda. Que ser um advogado ou um escritor seja melhor. Mas eu digo: Olha Sao Paulo. Se tem advogado e escritores lah, talvez ateh mais do que aqui, mas nao se pode andar em paz naquela cidade sem que se pise numa merda. Se me perguntarem eu prefiro um carrinho anti-merda.
Tuesday, August 22, 2006
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